21 de jul. de 2014

Agenda Semanal


Pedalar é bom com segurança melhor ainda!

 PEDALANDO COM SEGURANÇA

Pedalar no trânsito requer uma série de cuidados. Usar a bicicleta nas ruas, ao contrário do que muita gente pensa, não é suicídio. Embora ainda falte muito para o trânsito motorizado das cidades brasileiras se tornar um ambiente amigável às bicicletas, é possível alcançar um nível muito alto de segurança, observando alguns preceitos:
  • Não pedale na contra-mão: embora enxergar os carros de frente possa dar uma sensação de segurança, ela é ilusória, porque numa colisão frontal a velocidade é a do carro mais a da bicicleta. Além disso, nas esquinas e nas saídas de garagens, pedestres e motoristas só esperam veículos no sentido da via.
  • Pedale sempre de forma visível e previsível: ande pelo canto direito da rua (ou pelo esquerdo, quando for convergir à esquerda), sem ziguezaguear, e use o braço para sinalizar sua intenção (convergir ou seguir em frente). Todo ciclista relata uma diminuição dos “perrengues” após ter passado a usar o braço. Ao perceber clara e antecipadamente o que vai fazer um ciclista, o motorista tende a reagir de forma compatível.
  • Não pedale pelas calçadas: ali é lugar de pedestre, e é preciso respeitar para ser respeitado. Se precisar usar a calçada, desmonte e empurre – um ciclista empurrando a bicicleta equipara-se a um pedestre.
  • Respeite os semáforos: o que vale para os automóveis, vale para as bicicletas. Pela lei, elas também são veículos. Mas fique atento à abertura do semáforo, e procure se antecipar aos carros: esse movimento muitas vezes o deixa em segurança, e demonstra sua intenção (seguir ou convergir) para os motoristas.
  • À noite, use roupas claras e luzes piscantes: vermelha na traseira e branca na frente. Lembre-se que a bicicleta é “magrela”, e por isso difícil de ser vista, sobretudo à noite.
  • Use equipamentos de segurança, como luvas e capacete. Mesmo que você não pretenda cair – ninguém pretende -, o capacete ajuda a fazer com que você seja visto e curiosamente faz com que os motoristas o respeitem mais, além, claro, de proteger sua cabeça em caso de colisão. E as luvas protegem a primeira parte do corpo que vai ao chão na maioria das quedas: as mãos. Além disso, elas deixam a pedalada mais confortável, evitando calos e dormência.
  • Prefira ruas e avenidas mais tranquilas. Muitas vezes vale a pena alongar um caminho para evitar uma via de trânsito rápido. E quase toda avenida com muito trânsito (sobretudo de ônibus) tem alternativas interessantes.
  • Monitore sempre o trânsito atrás de você, olhando rapidamente por cima do ombro, mas sem descuidar do que está à sua frente. Evite usar fone de ouvido: sua audição faz parte do seu radar.
  • Tenha bom senso, pedale defensivamente (mas sem esquecer o seu direito de uso das ruas), seja respeitoso e cordial, procure negociar sempre, aproveite a simpatia que a bicicleta recebe por parte de quase todo mundo, mantenha o bom humor e lembre-se que estresse com trânsito é algo que diz respeito a motoristas engarrafados – congestionamentos não afetam ciclistas.

  O QUE DIZ A LEI

  • O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
  • São obrigatórios o uso de campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
  • É infração média o motorista deixar de guardar a distância lateral de 1,50m ao passar ou ultrapassar bicicleta.
  • É infração grave o motorista deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista.
  • É infração média sujeita a multa e remoção da bicicleta conduzi-la em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva.
Leia todos os artigos no -Código Brasileiro de Transito